segunda-feira, 7 de maio de 2012

A HISTÓRIA DO HORÓSCOPO



Existem relatos de que os primeiros escritos sobre os astros surgiram no Egito, cerca de 4.200 a.C., mas, nessa época ainda não existia divisão entre Astrologia e Astronomia. Aliás, no início, esses estudos tinham o mesmo objetivo, e a diferença entre os dois estudos é grande. A Astronomia é uma ciência que estuda os movimentos dos astros, baseada na física e na matemática. 

A Astrologia é a explicação de como os astros influenciam os acontecimentos da Terra. É uma pseudociência ligada ao Esoterismo que se baseia em uma série de crenças dos povos da antigüidade, que afirmavam que os astros influenciavam o destino das pessoas e da natureza. Esta prática era utilizada pelas elites sacerdotais (como os magos da pérsia, difusores da crença) para diversos tipos de previsões, tais como épocas certas para colheitas, e, com o tempo, previsões de fatos relativos aos reis e à nação, como previsões de guerras, catástrofes e sucessão de governantes. O conhecimento astrológico largamente difundido hoje no ocidente (como o conhecimento dos signos do zodíaco) vem da astrologia dos povos do fértil crescente e, por conseguinte, do oriente médio.
         Há, portanto, não uma, mas várias astrologias. Todas se baseiam, em alguma medida, nas posições relativas à Terra, e nas relações trigonométricas entre si, dos corpos celestes (principalmente Sol, Lua e planetas), e no movimento relativo de dois eixos terrestres, o Ascendente e o Meio do Céu. Estas posições no momento do nascimento, seja de uma pessoa, um objeto, um país ou um evento qualquer, compartilham de uma mesma configuração com este objeto, pretendendo-se portanto que sejam expressão deste.
Astrologia (do grego astron, "astros”, elogos, "palavra", "estudo") alega que as posições relativas dos corpos celestes podem prover informação sobre a personalidade, as relações humanas, e outros assuntos mundanos. A ferramenta principal da astrologia é o Horóscopo (também conhecido como carta natal, carta astrológica, mapa natal, mapa de nascimento, ou apenas carta). Este mapa é um diagrama bidimensional que representa a posição dos corpos celestes vistos de certo local, que pode variar desde o centro da Terra, à sua superfície, e até tendo o Sol como ponto central.

Os primeiros registros sobre o horóscopo apareceram a partir do século 7 a.C., quando várias civilizações antigas se dedicavam à observação do céu. Suas populações acreditavam que os astros podiam influenciar a vida humana - especialmente o destino dos recém-nascidos. Entretanto, a versão do horóscopo que conhecemos hoje - uma mistura de influências da astrologia milenar dos babilônios, do conhecimento matemático dos egípcios e da filosofia grega - surgiu provavelmente por volta do século 5 a.C., com a criação do zodíaco. Em sua origem grega, essa palavra significa "círculo de animais" e indicava o grande cinturão celeste que marcava a trajetória do Sol naquela época. Dentro dessa trajetória, cada constelação por onde o astro passava simbolizava um signo. O número de constelações e as figuras que as indicavam variavam para cada civilização.
 Ele possui variações conforme as culturas (os Astecas tinham vinte signos, por exemplo) e as épocas. Assim, o horóscopo indiano assimilou-se ao da Mesopotâmia, visto que foi desta cultura que tomou conhecimento da astrologia, cerca de 1600 a. C. Antes desta data já os Chineses tinham a prática dos horóscopos, e o interesse por estas matérias revivaram-se nos séculos XIX e XX, com personalidades como Roberto Assagioli (astrologia transpessoal) e Carl Jung (astrologia e alquimia). Há, contudo, diversas teorias sobre a origem do horóscopo: algumas apontam para os caldeus, outras para um grupo de budistas tibetanos, os ‘Acólitos’, cerca de 2000 a. C., não sendo as fontes suficientes e claras para afirmar com exatidão o local e a data.
 Diz a tradição que Buda, ao morrer, chamou os animais para se despedir e somente 12 vieram e estes são os anos da Astrologia Chinesa que formam seu horóscopo. Os chineses acreditavam que sua história estava relacionada com os céus. Chamavam sua terra de o Reino do Meio, que representava o Reino do meio celeste, onde as estrelas nunca se punham. O imperador, ou o Filho dos Céus como era chamado, era um mediador entre o Céu e a Terra. Conhecia, graças ao seu astrólogo imperial, os dias da mudança das estações e podia prever e interpretar todos os sinais celestes. Acreditava-se que, caso o imperador cometesse algum erro em suas previsões, ele perderia todos os poderes que lhe eram conferidos pela natureza. Portanto, era muito importante que seus conselheiros observassem e calculassem com a máxima precisão todos os movimentos do céu. Os deslizes eram punidos com a decapitação.
      Tão marcante era a influência da astrologia na China antiga, que mesmo os palácios eram construídos de forma a se adequarem à simbologia astrológica. Havia um palácio para cada estação do ano e eram a representação terrena dos palácios ou setores do reino celeste. As portas do palácio de verão estavam voltadas para o Sul as da primavera, para o Leste; as do outono, para o Oeste e as do inverno, para o Norte.

     O sistema do Zodíaco tropical, usado pela maioria dos astrólogos no ocidente, não se alinha com as constelações do mesmo nome. Isto induz a maioria dos cépticos a fazerem uma associação entre a faixa de constelações real e aquela usada pelos astrólogos. Contudo, não há qualquer associação entre os dois. As constelações sempre tiveram tamanhos diferentes entre si, enquanto os signos são - e sempre foram - de 30º exatos. Parte da razão pela qual este mito persiste se deve ao fato de muitos astrólogos falarem frequentemente dos signos pelo termo "constelação".



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